COMPREENDER O PROCESSO DE MUDANÇA
1. O
OBJECTIVO NÃO É INOVAR DEMASIADO
O
líder que se limita a fazer um sem número de inovações, acaba por não fazer
nenhuma, ou simplesmente criar um caos. A pressa de inovar tudo em pouco tempo,
acaba por ser uma encenação, tudo corre, tudo e todos se cansam (até o próprio
líder), faltando profundidade e coerência nas inovações. Este tipo de liderança
é do estilo de líder modelo.
2. NÃO BASTA
TER AS MELHORES IDEIAS
Nem
sempre das melhores ideias resultam os bons resultados. O líder coercivo tem
boas ideias para resolver uma situação a curto prazo, mas essas ideias, a longo
prazo, podem não resultar nos objectivos traçados. Ex: uma firma em crise,
vendas e lucros a diminuírem, stock desvalorizado, accionistas revoltados. A
atitude do líder coercivo nesta situação é cortar as despesas, nomeadamente com
pessoal. A curto prazo a firma recupera, mas a médio prazo, com o receio de
mais despedimentos, cria-se o mau estar geral e este consequentemente reflecte-se
no desempenho dos trabalhadores, logo cria-se nova crise. O líder eficaz é
aquele que tem a capacidade de dominar os estilos autoritário, democrático,
paternalista e treinador, ou seja, a capacidade de usar um destes estilos em
cada situação que o exija, com esta capacidade obtêm melhor ambiente e
performance.
3. APRECIAR A
DEPRESSÃO PRÉ – IMPLANTAÇÃO
O
abrandamento do desempenho e na confiança à medida que nos deparamos com a
inovação, que exige novas competências e atitudes. O sentirmo-nos ansiosos, com
medo, confusos, oprimidos e até perturbados, é um tipo de experiência/processo
normal que compõe a mudança. O líder que sabe [lidar] com esta situação e que a
compreende como um processo, tem mais possibilidades de alcançar os objectivos
dessa mudança, sem gerar ou alimentar as ansiedades características de um
processo de mudança.
4. REDEFINIR
RESISTÊNCIA
Mais
uma vez se refere que um líder deve dominar vários estilos, isto porque, na
mudança há sempre resistentes e esses, por vezes, têm uma visão que deve ser
tomada em consideração, se o líder não tiver a capacidade para saber ouvir,
cria mau ambiente, não chega a saber qual seria a solução proposta pelo
resistente, e é uma questão de tempo para se começar a sentir os efeitos
nefastos do descontentamento. Há que referir que aprendemos mais com aqueles
que não têm a mesma opinião, e que o assumem, do que com aqueles que concordam
com tudo.
5. A ORDEM É
RECULTURAR
“Liderar
uma cultura de mudança significa criar uma cultura (não apenas uma estrutura)
de mudança”. Mudar o modo de fazer as coisas é reculturar.
6. LISTA DE
VERIFICAÇÃO NUNCA, COMPLEXIDADE SEMPRE
Para
fazer uma mudança não há nenhum manual com os passos a seguir. A mudança é como
uma interligação de factos, objectivos, reacções e contra reacções, é muito
complexa, mas convenhamos, uma mudança sem complexidade não é mudança, é só uma
intenção.
AS COMPLEXIDADES DA LIDERANÇA
Assim
como a mudança é complexa, a liderança na mudança não deixa de o ser. Um estilo
de liderança eficaz numa situação, pode não o ser numa mesma situação mas num
contexto diferente. No caso do ensino acontece o mesmo. Uma mudança no sistema
de ensino num país, que tenha sido um êxito, não significa que outro país deva
adoptar as mesmas estratégias de mudança, sendo o contexto diferente o
resultado da mudança também o poderá ser.
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