quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O Pré-Aviso de Greve da FNE... Os Sindicatos... Concursos Para Chefias... o engodo aos Assistentes Operacionais


Como na penumbra da noite, nem todos andam a dormir, alguns trabalham, jantam e outras coisas mais, outros aproveitam de populismo jornalístico que paira no ar... e aproveitam a onda da falta de Assistentes Operacionais para pedir um pouco mais e até passar a mensagem da necessidade de concursos para chefes - nomeadamente COORDENADORES TÉCNICOS e Chefe de Encarregado Operacional... inventam-se petições e abaixa assinados com boa vontade de intentos bem definidos. 
O povo assina, mas não vê todas as páginas, típico...

Tentarem passar a mensagem, de que precisamos de mais chefes, é na minha humilde opinião, um absurdo...


O sindicato STE da FNE, surpreendeu-me ao insistir com esta abordagem... concordo com quase todos os tópicos no pré-aviso de greve da FNE, excepto com "ABERTURA  DE CONCURSOS PARA COORDENADORES TÉCNICOS, ENCARREGADOS DE ASSISTENTES OPERACIONAIS E PSICÓLOGOS" , bem sei que não é fácil, explicar para quem não compreende como é que funcionam os concursos e não conhece a realidade das nossas chefias em contexto laboral.

O que está oculto neste estratagema como objetivo, para mim é claro... 

Mas porque é que estes sindicatos, não dizem em números, quantos chefes de carreira temos, na educação ? 

Quanto tempo de serviço têm os mesmos ? 

Quantas escolas temos sem chefe ?

Quantas escolas têm um AT a exercer o cargo e regime de substituição ?

Qual é percentagem de RELEVANTES na avaliação, desta careira ?

Respondam, se concordam com o acesso a esta carreira, apenas com uma prova ?

Se concordam com a limitação de acesso a todos os trabalhadores ao concurso ? Por que motivo ?

Em que se baseia o sindicato para propor a consolidação imediata de colegas Assistentes Técnicos a cumprirem funções temporárias em regime de substituição de Chefes (Coordenadores Técnicos) ?

Os sindicatos já questionaram o grau de satisfação dos trabalhadores para com os chefes ? 

Os sindicatos já questionaram os trabalhadores, se para o serviço público, será melhor, um chefe fixo, até à reforma... durante 10,20,30 anos ? ou uma possibilidade de rotação entre os pares, mediante condições definidas ?

Enquanto não me demonstrarem um projeto devidamente estruturado, sobre este assunto, serei sempre, contra a abertura de novas vagas para o quadro de chefes/coordenadores. Pessoas que vão auferir, 1300 euros, que para o serviço não se traduz em eficiência, em qualidade de serviço, em melhor qualidade de ambiente laboral...Não!

Quando temos estes chefes a cometer erros grosseiros, sem qualquer penalização ou recomendação...
Quando temos chefes que não justificam o que ganham...


Tive quase 500 respostas em menos de 48 horas...

1. Concorda que os Assistentes Técnicos a exercer funções de (chefe) Coordenador Técnico em regime de substituição possa consolidar automaticamente ?

84% diz que não concorda!


2. Concorda que os Assistentes Técnicos deviam avaliar o Chefe, com uma ponderação de 20% ?

91% diz que concorda!





No terreno, parece-me que os sindicatos querem uma coisa e os trabalhadores querem outra!!!!

Novidades para breve! Este tema e o famoso SIADAP


7 comentários:

  1. Não concordo de todo! Todos os chefes em regime de substituição com quem tive de trabalhar criavam mau ambiente, divisões entre colegas, consideram-se no cargo mais elevado logo, não ajudam os colegas em tarefas tão simples como enviar um fax, ou dar uma entrada de correspondência (acham que não estão em posição de o fazer) enquanto as chefes de carreira que tive eram todas mais humildes e trabalhadoras!

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  2. A questão para mim é bem diferente da existência de coordenadores técnicos ou de chefes. Existem neste momento nos serviços administrativos das escolas muitos licenciados. Devíamos lutar pela criação da carreira de técnicos superiores nas escolas à semelhança do que existe nas universidades. Quanto às chefias já tive de tudo. Infelizmente, a formação das pessoas não é tida em conta e temos muita gente a mandar que sabe menos que os mandados.

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    1. criação da carreira de técnicos superiores nas escolas ?!?
      Bem... imagino o cenário de 10 elementos AT's a auferirem cada 1200 euros... para aquele trabalho.. hum Temos dotação financeira para isso ? humm

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  3. Já o estatuto de 2007 previa o fim do acesso a CSAE pelo carreirismo, e sim pelo mérito académico. Está até previsto que a esses concursos acedam licenciados de outros serviços. Não há mais necessidade de termos graduados a serem mal chefiados por rasos. Lógico que não defendo que qualquer licenciatura, deva dar acesso aos CSAE, mas as que têm a haver com Adm Pública, Gestão, Direito, Secretariado, ou seja na área das ciências administrativas.

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    1. Mas qual o motivo da obrigatoriedade do requisito - "licenciatura" ? Conheço alguns licenciados e doutorados que valha-me deus... são ótimos estudantes, mas para "gerir" relações humanas e coordenador serviços e público zerinhooooo

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    2. o motivo é que em tese, estarão mais bem preparados e principalmente para o futuro, os graduados que os não graduados.

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  4. é evidente que são necessários concursos, para se acabarem com compadrios e situações nada claras. As chefias é assunto demasiado sério para ser entregue a qualquer bicho careto. Uma ótima equipa, pode ficar facilmente mediocre, sendo mal chefiada. Chefias, só por mérito concursal, rapidamente e em força.

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Agradeço o seu contributo com interesse público e de forma séria.

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