Introdução
«Mais vale um
que saiba mandar, do que cem
a trabalhar.»
Provérbio1
«Os homens não
são importantes. O que
conta é quem os comanda.»
Charles de Gaulle
A quem
interessa este livro
Quantas vezes o leitor ouve queixas de conhecidos, amigos e familia- res sobre comportamentos desagradáveis dos chefes? Quão frequente- mente os ouve rejubilarem-se acerca de acções de chefia virtuosas? E o leitor – partilha mais frequentemente alegrias
ou lamentos acerca das acções do seu chefe?
Cada leitor responderá de modo peculiar
a estas questões. Mas aventuramo-nos a supor que a maior parte das pessoas
está mais acostumada a queixas
do que a júbilos acerca
dos chefes.
O panorama é algo diferente nos livros e nas investigações. A maioria debruça-se
sobre o que impele as pessoas a admirarem os seus chefes, ou sobre as fontes de eficácia dos líderes. São bastante escassas as obras e investigações sobre a má liderança e as razões pelas quais as pessoas não gostam dos seus chefes. É precisamente sobre essa matéria que este livro se debruça.
Nele procuramos responder a três questões
chave:
¾ Quais os comportamentos e atitudes
que as pessoas menos apre- ciam nos seus chefes?
(1) Os pensamentos, citações
e provérbios disseminados ao longo do livro foram extraídos do website Citador (http://www.citador.pt/index.php).
¾ Quais as consequências desses comportamentos e atitudes para o desempenho
dos chefiados?
¾ Como essas consequências podem ser evitadas se os chefes adoptarem
uma postura apropriada?
O livro interessa,
antes do mais, a todas as pessoas curiosas sobre o que impele os membros organizacionais a não apreciarem os chefes. É, igualmente, útil a todos os
gestores que pretendem aprender com os erros e melhorar os seus níveis de eficácia. Pode ainda ser útil para responsá- veis organizacionais que pretendem conhecer os riscos de contratar che- fias tóxicas.
A nossa experiência como investigadores, consultores e for- madores sugere que as pessoas, em geral, revelam curiosidade pela maté- ria. Para responder
a estas possíveis motivações dos leitores, recorremos a linguagem acessível, evitamos (tanto quanto
possível) jargão académico
e circunscrevemos o livro a uma dimensão modesta.
Nem todos os ódios são aceitáveis
Há muitas razões
para detestar o chefe – algumas aceitáveis, outras pouco recomendáveis. É aceitável detestá-lo por ser descaradamente incompetente ou tratar os colaboradores
de modo gratuitamente desres- peitador. É pouco apropriado detestá-lo por ser exigente,
imparcial e requerer condutas responsáveis. É ainda menos recomendável
detestá-lo porque nos sentimos o centro do mundo e repletos
de direitos – que espe- ramos que o nosso chefe satisfaça, sem que pratiquemos os nossos deve- res.
Este intróito é crucial para que fique clarificado, desde já, o seguinte: este livro não pretende ser almofada onde se podem carpir
mágoas de desgosto pelo modo como nos sentimos tratados pelos nossos superiores. Os seus objectivos são:
¾ Mostrar as razões (espera-se que legítimas) pelas quais as pessoas não gostam dos seus chefes.
¾ Discutir como os comportamentos indesejáveis das chefias
podem gerar efeitos perversos sobre os comportamentos dos chefiados e o desempenho das equipas.
¾ Alertar os gestores para esses potenciais
efeitos e salientar a necessidade de serem cautos/respeitadores no relacionamento com os colaboradores.
¾ Sugerir recomendações para as actuações dos gestores.
O livro pode ser complementado com outro, de que somos autores, que funciona
como espelho do trabalho que o leitor tem em mãos, intitu- lado «Sim, chefe».1 O
leitor pode aí encontrar
pistas sobre como gerir os seus chefes – não apenas os mais ou menos detestáveis, mas também os mais competentes. Com esta sugestão,
queremos sublinhar que a vida das
empresas não depende
predominantemente
das actuações dos chefes – mas, essencialmente, do modo como se comportam
chefes e chefiados. É um facto que muitos de nós têm razões para detestar os chefes. Mas os nossos chefes também podem ter razões para não apreciarem a nossa conduta e as nossas características. Sem o cumprimento de responsabili- dades mútuas, é criado um vazio na relação entre ambos que pode gerar efeitos perversos sobre o desempenho das organizações e a realização pessoal dos seus membros.
Como o livro
está organizado
No que resta deste capítulo
introdutório, apresentamos a síntese dos resultados do estudo que constitui o cerne do livro. No capítulo
seguinte, intitulado «Outros
prismas de observação da má liderança», expomos resumos de estudos/obras anteriores que discutem
as más práticas de lide- rança. O leitor poderá constatar as inúmeras convergências entre os resultados
encontrados nas diversas
obras e estudos.
A parte remanescente do livro está organizada em torno das oito cate- gorias de comportamentos de chefia relatados pelos participantes do nosso estudo. A
sequência destas categorias corresponde à ordem decres- cente de frequências,
exposta no Quadro 1. Ou seja, partimos dos com- portamentos
mais detestados para os menos – tanto ao nível das catego-
(1) Rego e Cunha (2010).
rias como das subcategorias ou tipos de comportamentos. Para cada tipo, usamos a seguinte estrutura:
¾ Caracterizamos cada tipo de comportamento,
dando,
também, conta de exemplos
facultados pelas pessoas
inquiridas.
¾ Discutimos as potenciais consequências para a eficácia dos gesto- res e o desempenho dos colaboradores.
¾ Apresentamos algumas
sugestões para a acção dos chefes.
Este não é um livro
estritamente académico, mas foi redigido com preocupações de rigor. Por exemplo, a quantidade de citações ao longo do texto é escassa. No entanto, uma lista das referências bibliográficas mais utilizadas é apresentada na parte final do livro. O pensamento e os argu- mentos expendidos beneficiam, também, dos milhares de trabalhos
que, ao longo dos
anos, instruíram o nosso saber e as nossas concepções sobre a gestão.
A sua inserção seria fastidiosa e insuportável para o leitor.
O estudo que constitui o cerne deste
livro
O cerne deste livro é constituído por um estudo
realizado junto de 237 indivíduos portugueses (com idade média de 33 anos, divididos, igualmente,
por ambos os sexos, com habilitações entre o 9º ano e o doutoramento). Pertencem
a vários níveis hierárquicos, desde CEO’s a assistentes, passando
por níveis intermédios de gestão. Exercem funções tão diversificadas como gestores
de marca, gestores
de recursos humanos, directores
financeiros ou comerciais, auditores, contabilistas, engenhei- ros, advogados, jornalistas, diplomatas, vereadores, médicos,
professores, entre outras. Provêm
de várias dezenas de organizações, públicas
e priva- das, de diferentes dimensões, nacionais e multinacionais,
a operar em sectores tão diversificados como a consultoria, a auditoria,
a saúde, a hotelaria e turismo, a engenharia, as energias, os media e telecomunica- ções, as tecnologias da informação e o ensino.
A pergunta em que assentou
esta pesquisa foi: «Pense no chefe com quem menos gostou
de trabalhar. Como o caracteriza?». Identificámos, então, as categorias de comportamentos contidas nos relatos e calculámos as
frequências com que esses
comportamentos
foram referidos.
Em
essência: hierarquizámos as razões que levam as pessoas inquiridas a não gostar de trabalhar com o seu chefe. O Quadro 1 apresenta essas razões agrupadas
em oito categorias, cada uma contendo
quatro tipos de com- portamentos
ou subcategorias. Apresenta também a percentagem de pes- soas que referiram essas razões.
Se tomarmos em atenção
as grandes categorias, as maiores fontes de insatisfação (referidas por mais de 30% dos inquiridos) com o chefe são:
¾ A liderança abusiva
e impulsiva (o líder é prepotente e tem pouco domínio sobre si próprio ao nível emocional).
¾ A liderança incompetente, desorganizada, sem
brio (o líder
é incom- petente ou não tem brio profissional).
¾ A liderança auto-centrada e controladora (o líder centraliza o tra- balho em si e excede-se no controlo das pessoas).
¾ A liderança injusta
e/ou desonesta (o líder é injusto
e parcial, e/ou revela falhas
de carácter).
¾ A liderança desmobilizadora (o líder não apoia nem estimula os colaboradores na melhoria
do desempenho).
¾ Liderança indecisa, cobarde, passiva e bajuladora (o líder não gosta de decidir nem de responsabilizar-se e/ou é susceptível à influên- cia de outras
pessoas).
As subcategorias mais citadas são:
¾ O autoritarismo, a arrogância e a prepotência.
¾ A impulsividade, a inconstância e o fraco
autocontrolo emocional.
¾ O tratamento injusto
e discriminatório.
¾ A desorganização, a falta de pontualidade e a má gestão do tempo.
¾ O facto de o chefe não reconhecer
nem valorizar devidamente o esforço e o trabalho
dos colaboradores.
¾ A incapacidade de tomar decisões, a fraca
autoconfiança
e
a tendência
para «passar a batata
quente».
¾ A cobardia, a incapacidade para assumir responsabilidade pelos erros, e a tendência para «sacudir a água do capote».
¾ A falta de espírito de equipa e a tendência para não promovê-lo.
¾ A ausência de gestão participativa, a incapacidade de ouvir os colaboradores e a tendência para centralizar o processo
decisório.
Quadro 1. Razões pelas quais os nossos inquiridos detestam os seus chefes
Comportamentos do chefe
Percentagem de pessoas que referiu este tipo de comportamento1
Liderança abusiva e impulsiva (o líder é prepotente e tem pouco domínio
sobre si próprio
ao nível emocional)
|
44%
|
· É autoritário, arrogante e prepotente.
|
24%
|
· É impulsivo, inconstante e denota fraco
autocontrolo emocional.
|
19%
|
· É rude, ameaçador, humilha as pessoas e desrespeita os seus sentimentos.
|
11%
|
· Segrega (cria problemas a) pessoas que
constituem ameaça
ao seu poder/imagem/lugar.
|
3%
|
Liderança incompetente, desorganizada, sem brio (o líder é incompetente ou não tem brio profissional)
|
38%
|
· É desorganizado, não é pontual e é fraco gestor
do tempo.
|
15%
|
· É (tecnicamente) incompetente, não tem conhecimentos, qualificações ou experiência necessárias.
|
11%
|
· É indolente, irresponsável, desleixado ou acomodado.
|
11%
|
· É tecnicamente
competente, mas carece de competências de gestão de pessoas.
|
5%
|
Liderança auto-centrada e controladora (o líder centraliza o trabalho em si e excede-se
no controlo
das pessoas)
|
37%
|
· Não fomenta
a participação, não escuta
os colaboradores, é centralizador.
|
13%
|
· Centra-se excessivamente na sua imagem
(é narcisista), sobrevaloriza-se
e negligencia os interesses e direitos da equipa.
|
12%
|
· É desconfiado e excede-se no controlo
sobre os colaboradores.
|
12%
|
· Não delega
ou delega indevidamente.
|
9%
|
Comportamentos do chefe
Percentagem de pessoas que referiu este tipo de comportamento1
Liderança injusta
e/ou desonesta (o líder é injusto e parcial, e/ou revela falhas de carácter)
|
36%
|
· É injusto
e discriminatório.
|
19%
|
· É falso
e desonesto.
|
11%
|
· Desrespeita a vida pessoal dos colaboradores.
|
7%
|
· Apropria-se das ideias e do trabalho dos
outros.
|
6%
|
Liderança desmobilizadora
(o líder não apoia nem estimula
os colaboradores na melhoria
do desempenho)
|
33%
|
· Não reconhece nem valoriza devidamente o esforço e o trabalho
dos colaboradores.
|
15%
|
· Não apoia,
não estimula, não ajuda.
|
10%
|
· Não informa os colaboradores sobre o desempenho, ou apenas aponta os erros.
|
10%
|
· Não ensina nem fomenta a formação, a aprendizagem e o desenvolvimento
dos colaboradores.
|
10%
|
Liderança indecisa, cobarde, passiva e bajuladora (o líder não gosta de decidir nem de responsabilizar-se e/ou
é susceptível à influência de outras pessoas)
|
31%
|
· É indeciso, pouco autoconfiante e «passa a batata quente».
|
14%
|
· É cobarde, incapaz de assumir
responsabilidade pelos erros e «sacode a água do capote».
|
14%
|
· É excessivamente benevolente, não se sabe
fazer respeitar, é facilmente
manobrável.
|
5%
|
· Preocupa-se sobretudo com as relações com o seu superior («lambe-botas»).
|
3%
|
Liderança
errante (o líder deixa a equipa à deriva)
|
25%
|
·
Denota fracas competências de planeamento e visão estratégica (a equipa
«anda à deriva»).
|
10%
|
· Não clarifica devidamente os papéis dos colaboradores
nem os objectivos a
atingir.
|
10%
|
· Não comunica devidamente nem transmite aos colaboradores a informação de
que eles necessitam (deixa os colaboradores «à deriva»).
|
7%
|
·
Não
sabe focalizar-se no essencial nem tem uma noção clara
das prioridades.
|
3%
|
(1) A percentagem relativa
a cada categoria não corresponde à soma das percentagens das
subcategorias porque alguns inquiridos assinalaram mais do que uma subcategoria no
seio de cada categoria.
Comportamentos do chefe
Percentagem de pessoas que referiu este tipo de comportamento1
Liderança anti-equipa e alienante (o líder não gera a coesão/entreajuda e alheia-se da equipa)
|
23%
|
·
Não
tem e/ou não promove a entreajuda e o espírito de equipa.
|
14%
|
·
Não
promove o diálogo, a confiança e os relacionamentos positivos.
|
8%
|
·
Não
gere devidamente
os conflitos.
|
3%
|
·
Instiga más relações interpessoais.
|
3%
|
O leitor pode considerar que a
quantidade de pessoas inquiridas não é suficientemente grande para conferir
validade aos resultados. Se é esse o seu caso, temos
alguns argumentos
a apresentar-lhe:
¾ Em determinado momento da recolha dos dados,
começou
a emergir «saturação teórica». Ou seja, o aumento da quantidade de pessoas inquiridas começou a não gerar qualquer alteração subs- tancial nos resultados. Prosseguir na recolha de dados teria sido, por isso,
irrelevante.
¾ A diversidade das empresas de origem dos inquiridos é razoavel- mente grande para se
poder presumir, com alguma
segurança, que o panorama dos resultados não seria substancialmente diferente com a inclusão de pessoas de outras empresas.
Evidentemente, os resultados não podem ser generalizados. Ou seja, nem nós nem os leitores
estamos autorizados a afirmar que (a)
44% das pessoas em Portugal detestam
os seus chefes porque sentem que eles adoptam comportamentos abusivos
e impulsivos, e (b)
38% os detestam devido à sua incompetência, desorganização e falta de brio (veja estas percentagens no Quadro 1). É, também, provável
que o peso das razões apresentadas por trabalhadores metalúrgicos seja diferente do peso das razões expostas
por operadores de caixa, por técnicos superiores
da Administração Pública
ou por directores comerciais de uma instituição bancária. Todavia, mais importante
do que conhecer estas percentagens é
identificar as razões dos sentimentos negativos das pessoas perante
as suas chefias. Nessa perspectiva, como investigadores, podemos assegurar
ao leitor que os resultados obtidos no nosso estudo
são fiáveis.
Nota importante
O facto de as subcategorias estarem
associadas entre si (por essa razão se abrigam sob a mesma categoria) torna menos relevante a sua hierarqui-
zação no seio de algumas categorias. Eis um exemplo: o facto de os inqui-
ridos referirem menos frequentemente a subcategoria «o chefe não sabe focalizar-se no essencial nem tem uma noção clara das prioridades» do que a subcategoria «o chefe
denota fracas
competências de planeamento
e visão estratégica» não
significa, necessariamente, que aquela é menos
relevante do que esta. Sugerimos, pois,
ao leitor que tome as categorias de um ponto
de vista sinérgico. No caso específico desta categoria «liderança errante», o que importa, especialmente, reter
é que 25% dos inquiridos
considerou esta constelação de comportamentos como determinante da
má liderança.
É provável, contudo,
que a hierarquização tenha mais
significado no seio doutras categorias. Por exemplo, na categoria «liderança indecisa,
cobarde e passiva», a tendência para o chefe
bajular o seu próprio superior (referida por 3% dos inquiridos) é porventura menos problemática do que a cobar-
dia, a incapacidade de assumir responsabilidade pelos
erros, e a opção por
«sacudir a água do capote» (subcategoria referida
por 14% dos partici-
pantes no estudo).
|
Importa,
ainda, acrescentar que resultados de estudos anteriores, rea- lizados por nós e por outros autores, convergem
com os dados apresenta- dos neste livro. Apresentamo-los, no capítulo seguinte, em breves súmu- las.
Do erro alheio
tira o prudente...
«Quem se dispõe a tornar-se um
bom chefe, deve primeiro ter servido
a um chefe.»
Aristóteles
O facto de os colaboradores não gostarem do seu chefe, ou de algu- mas das suas atitudes e comportamentos, não é razão suficiente para con- siderar tais atitudes
e comportamentos como indesejáveis, incorrectos ou ineficazes.
De um chefe espera-se que tome decisões
de modo imparcial, que não se deixe toldar pelo medo de desagradar, e que considere os vários interesses em jogo. Gerir bem pode requerer decisões impopulares, difíceis e, no limite, aparentemente incorrectas. Pode também
suceder que aquilo
que os colaboradores consideram hoje incorrecto venha a revelar-se
apropriado algum tempo depois, e vice-versa. Há mesmo acções de aceitação
consensual, hoje, que vêm a revelar-se autênticas catástrofes – e outras,
universalmente rejeitadas, que vêm a revelar-se providenciais.
Por conseguinte, não é possível
avaliar com precisão em que grau determinados comportamentos e atitudes dos nossos chefes
são aceitáveis ou desejáveis. Mesmo os nossos pais actuam para connosco de um modo que nem sempre nos agrada – e esse é um árduo dever que se lhes requer e que lhes exige coragem e determinação.
Simetricamente, quantos com- portamentos
adoráveis dos nossos pais (e dos nossos chefes)
redundam em autênticas desgraças?
Feitas estas ressalvas,
não podem as chefias argumentar
que todos os seus comportamentos são aceitáveis e que os fins justificam os meios. Determinados comportamentos e atitudes são, terminantemente, intolerá- veis – à luz dos princípios fundamentais da boa gestão e da dignidade das pessoas. Neste livro, emergem vários exemplos que se enquadram
nessa categoria. É nossa intenção
sublinhá-los – ainda que com a compreensão benévola de que errar
é humano e que as circunstâncias são frequente- mente determinantes. Quantos
chefes actuam de modo diferente
daquele que prefeririam? Quantos experimentam a amargura
gerada por dilemas que a dura realidade
organizacional provoca?
Quantos chefiados se lamentam das actuações dos seus chefes por razões
de inveja ou para lidarem com a má consciência dos seus próprios vícios? Quantos lançam
culpa sobre os seus superiores
– mas são os primeiros a imitá-los quando se encontram
em posição de chefia?
Em suma: este livro não pretende ser um manual
de boas maneiras que descura a dura realidade
da gestão e os potenciais vícios de quem é chefiado.
Antes ajuda as chefias a compreenderem o que não devem fazer, e aponta-lhes algumas pistas sobre como actuarem. Pelo menos, dá-
-lhes a conhecer
o que os seus chefiados não apreciam. Deste modo, podem, com sensatez, tomar decisões mais informadas e ponderadas.
Parafraseando o provérbio, «do erro alheio tira o prudente conselho».
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